A ascensão do Estado moderno e as teorias absolutistas rompem com o pensamento escolástico medieval, que tomava a pessoa como centro de todo agir político e identificava a pólis como um meio para se atingir a um fim maior. Em Maquiavel há um dualismo que separa moral do Estado e moral pessoal, com consequências desastrosas para o campo político, enquanto que em Hobbes e Espinosa a identificação de religião e política é na verdade um movimento em direção à secularização do poder eclesiástico, na medida em que este fica impedido de se opor ao soberano, que então passa a ditar todas as regras morais.
Tarcísio Amorim Carvalho
Historiador**
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