PERGUNTA: Nas reuniões dos "crentes", sobretudo Pentecostais, manifesta-se freqüentemente o dom das línguas, considerado por eles como presença do Espírito Santo e confirmação de veracidade da seita. O que diz a Bíblia?
RESPOSTA: 1) É verdade que a manifestação das línguas e de outros carismas, é na Bíblia chamado simplesmente: "descida do Espírito Santo". (At 2,4-6; 8,15-19; 10,44-48). Porém, nestes acontecimentos tratava-se sempre de comunidade unidas e obedientes aos Apóstolos. E aqueles que receberam os dons extraordinários do Espírito Santo, aceitaram também os sacramentos iniciais, de batismo e crisma "(impondo-lhes as mãos)".
2) Em I Cor cap. 12, São Paulo fala de diferentes dons, ministérios, operações, dispensados pelo mesmo Deus: acrescentando: "para que redundem em vantagem comum". Em seguida São Paulo revela o belo ministério do Corpo místico de Cristo, composto de diferentes membros, que solidamente compartilham os sofrimentos e alegrias, e colaboram para o bem do corpo inteiro. Neste Corpo de Cristo a sua Igreja São Paulo apresenta também uma hierarquia de valores (vers. 28): "o primeiro apóstolo, segundo profetas, terceiro doutores, depois os que possuem o dom de milagres, ( e no fim ) o dom de falar diversas línguas."
CONCLUSÕES:
a) Tudo o que foi dito acima, pela Palavra de Deus, verifica-se perfeitamente na maioria dos grupos de renovação carismática católica unidos e obedientes aos legítimos sucessores dos Apóstolos.
b) Logicamente é impossível admitir que também os "carismáticos" de milhares de seitas protestantes, que se separam, e freqüentemente odeiam e combatem o verdadeiro Corpo místico de Cristo, a Igreja Católica Apostólica Romana, possam ser inspirados pelo mesmo Espírito Santo, prometido por Jesus aos Apóstolos e seu sucessores. (Jo 16,13). O Espírito Santo não pode ser dividido e combater a si mesmo! Por isso, "as inspirações proféticas e o dom das línguas" nas várias seitas, vêm provavelmente por meios parapsicológicos, como acontece também nas sessões espíritas.
c) Admite-se ainda a possibilidade, de que o Espírito Santo poderia também em várias seitas inspirar alguns carismáticos bem intencionados, que na sua ignorância desconhecem a Bíblia e não dão conta do grande mal da divisão e separação do único Corpo místico de Cristo. Nestes casos as inspirações do Espírito Santo teriam a finalidade de resguardar também nestas comunidades alguns autênticos valores do Evangelho, e as preparar para a reunião com a única Igreja de Cristo.
d) Porém, todos os carismáticos têm obrigação de respeitar as regras expostas por São Paulo (e inspirados pelo Espírito Santo) em I Cor 14,19 e 27-28: "Na assembléia eu prefiro dizer palavras com a inteligência, a fim de poder instruir também os outros, do que dez mil palavras em virtude do dom das línguas; e a outra regra: "se não houver quem possa interpretar (a língua desconhecida), guardem silêncio na assembléia, falando consigo e com Deus".
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