Diz ele: “Eu não gosto desse tipo de trabalho”
Uma das personalidades mais importantes da Igreja Católica do Brasil, fundador da Pastoral da Criança junto a Dr. Zilda Arns, o Cardeal D. Geraldo Majella criticou o trabalho dos padres cantores, durante uma entrevista a Folha de Londrina. O bispo, que está em Londrina-PR para comemorar os 25 anos de ordenação sacerdotal do pároco da Catedral Metropolitana, Monsenhor Bernard Gafá, considerou esse tipo de apostolado como ineficaz.
Veja algumas das respostas:
Sobre a realidade da Igreja Católica no Brasil, fenômenos de vendas de livros e CDs, como o padre Marcelo Rossi, fazem com que as pessoas se aproximem da Igreja?
Eu não gosto desse tipo de trabalho, por causa do fulano que canta bem ou bonito ser tratado como Deus. Isso não ajuda a formar cristãos convictos, conscientes. Na semana de Páscoa, lemos a epístola de São Pedro que diz: “O cristão deve saber dar as razões de sua fé”. A pessoa deve saber por que crê em Deus, por que faz o que Ele ensinou.
Mas não é um trabalho que ajuda as pessoas a se aproximarem ou voltarem para a Igreja Católica, que tem perdido fiéis?
Se ajudar, bem. Às vezes uma música ou uma palavra toca nas pessoas, mas nem todas têm a mesma consciência de sua fé, por isso não colocam em prática.
Em resumo, o senhor está dizendo que a forma de trabalhar de padres que atraem multidões não agrada?
Não me agrada e não vejo que traga uma conversão autêntica, dentro de um contexto geral de receber aquilo que Cristo já ensinou.
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A entrevista pode ser lida na íntegra, pra quem for assinante, neste link.
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